sábado, 6 de outubro de 2012

O Congresso Democrático das Alternativas (IV)

Notas soltas.

1. Excelente trabalho da mesa da sessão final, dirigida por Manuela Mendonça, com firmeza simpática. Não a conhecia. Dizem-me que é dirigente sindical, dos professores. Vê-se que tem muito traquejo, coisa de que falo frequentemente a propósito de iniciativas muito bem intencionadas mas fracassadas por falta de experiência.

2. Ótimo serviço técnico de sala e de receção aos participantes.

3. Bagunça na ordenação das inscrições para intervenção na sessão plenária. Fui dos primeiros a inscreverem-se, fui dos últimos a falarem e só porque reclamei.

4. Nenhum dos muitos restaurantes ou snacks à volta esperava esta afluência. A organização devia tê-los prevenido.

5. A merecer entrada especial, a questão do horário e da pontualidade. É cultural. Na Inglaterra ou nos EUA, é questão de civismo elementar, de respeito para com os outros. Quando, na minha universidade, ouço invocar o "quarto de hora académico", fico horrorizado. Tenho no meu currículo dezenas de reuniões, organizadas por mim ou por outros. Começam à hora, esteja quem estiver. Quem se atrasar, não fala e diz-se porquê. Quem intervem, treina bem o tempo da sua intervenção, para o que hoje até há bons utensílios técnicos (mas tudo se faz à ligeira, ninguém faz trabalho de casa, muito menos os notáveis). Não mete "buchas" que gastam muito tempo. Não tem a arrogância de quem pode dizer tudo o que quer como se a sessão fosse propriedade privada. A falta de pontualidade, neste sentido alargado, é uma alarvice intelectual e é um desrespeito por toda a gente. Pode ser uma pessoa muito "respeitável", mas para mim fica desqualificada.

6. Na sessão de encerramento, uma intervenção destacada de Pilar del Rio. A que propósito? É pessoa que alguma vez tenha tido posição na discussão da política portuguesa ou europeia? Nem sequer é promotora da iniciativa do CDA. Será porque a Fundação Saramago deu dinheiro para o congresso? Mau sinal.

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